Chá de barbatimão: Benefícios, Para que Serve, Como Preparar, Propriedades Terapêuticas

Chá de barbatimão: Benefícios, Para que Serve, Como Preparar, Propriedades Terapêuticas

Chá de barbatimão – O barbatimão é uma planta medicinal nativa do cerrado brasileiro, sendo encontrada em maior quantidade em Minas Gerais, Goiás, Bahia, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

O barbatimão é uma árvore que se destaca pelo elevado teor de taninos de sua casca, seu principal constituinte ativo, que confere a maioria de suas propriedades terapêuticas.

O poder de cicatrização e diminuição de hemorragias do barbatimão deve-se à eliminação de água de dentro das células, provocando uma contração das fibras.

Vários estudos já validaram sua ação no processo de cicatrização das feridas na pele.

O chá da casca é indicado para uso externo em hemorragia uterina, ferida ulcerosa e para pele excessivamente oleosa.

Os efeitos antimicrobianos previnem infecções na pele e estudos recentes apontam até seu uso como adjuvante no tratamento da cárie dental.

Os taninos da casca do barbatimão possuem atividade adstringente e por isso ele é conhecido como bá-timó na língua indígena, que significa “planta que aperta”. Esta atividade confere propriedades cicatrizantes, bactericidas e fungicidas.

Em estudos da Universidade do Estado de São Paulo, os taninos provenientes de extratos das cascas de barbatimão apresentaram comprovada atividade antioxidante e sequestradora de radicais livres, evitando danos oxidativos às células e retardando o envelhecimento.

O barbatimão tem uso científico comprovado como creme cicatrizante.

A espécie Stryphnodendron adstringens faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.

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Chá de barbatimão Nome Popular:

Barbatimão, barbatimão-verdadeiro, uabatimô, casca-da-virgindade, paricarana, ibatimô, verna, barba-de-timan, picarana.

Chá de barbatimão Nome Científico:

Stryphnodendron barbatiman Mart. (Stryphnodendron adstringens Mart.)

Chá de barbatimão Bula:

Componentes: cascas secas. 20 g

Quantidade: água 1L

Chá de barbatimão Como Preparar:

Decocção e Infusão. Usar 20 g de cascas em 1L de água.

Chá de barbatimão Propriedades Terapêuticas:

Adstringente, anti-hemorrágica, anti-séptica, antibacteriana, antiblenorrágica, antidiabética, antidiarreica, antiescorbútica, antileucorreica, cicatrizante, coagulante sanguíneo, depurativa, diurética, emética, hipotensora, oftálmica, tônica.

Chá de barbatimão Para que Serve:

Indicada para ajudar a tratar feridas, hemorragias, queimaduras, dores de garganta ou inchaços e hematomas na pele.

Além disso, pode ser utilizada para ajudar no tratamento de doenças como Diabetes ou malária, por exemplo, devido a suas propriedades anti-inflamatórias.

Lesões como cicatrizante e anti-séptico tópico na pele e mucosas bucal e genital.

Chá de barbatimão Como Usar:

Uso Interno. Acima de 12 anos. Decocção e Infusão. Usar cascas secas. Ferver 20 g da casca em 1L de água. Dosagem normal de 3 a 5 xícaras por dia.

Uso Externo. Acima de 12 anos. Compressas. Aplicar compressas no local afetado 2 a 3 vezes ao dia.

Pele oleosa

Coloque 1 colher (sobremesa) de casca picada em 1 xícara de água. Ferva por 5 minutos. Espere esfriar, coe e acrescente o suco de meio limão e 1 colher (chá) de mel. À noite, aplique na pele do rosto, com um chumaço de algodão, deixando agir por 20 minutos. Após lave com água morna.

Hemorragias uterinas

Coloque 1 xícara de casca picada, 1 xícara da raiz de algodoeiro e 1 xícara de quiabo ainda não maduro, em 1 litro de água. Ferva durante 15 minutos e coe em tecido fino. Faça 1 ou 2 lavagens ao dia com esse líquido. Não obtendo melhora procure orientação médica.

Inflamação da garganta, corrimento vaginal, diarreia, hemorragia

Coloque 2 colheres (sopa) de casca picada em 1 xícara de álcool de cereais a 50%. Deixe em maceração por 3 dias e coe em tecido fino. Tome 1 colher (café), diluído em um pouco de água, de 2 a 3 vezes ao dia.

Feridas ulceradas

Coloque 1 colher (sopa) de casca picada e 2 folhas fatiadas de confrei em ½ litro de água em fervura. Desligue o fogo, espere esfriar e coe. Aplique na ferida, com um chumaço de algodão, 2 vezes ao dia.

Corrimento vaginal

Coloque 2 colheres (sopa) de casca picada em ½ litro de água fervente. Espere amornar, coe e acrescente 1 colher (sopa) de vinagre branco ou suco de limão. Faça banhos locais, de 1 a 3 vezes ao dia, até que o sintoma desapareça.

As cascas de barbatimão têm grande poder adstringente. Externamente, reduzidas a pó, empregam-se no tratamento de úlceras. Em banhos atua contra a leucorreia, catarro uretral e vaginal.

Internamente utiliza-se decocção das cascas nas afecções escorbúticas, blenorragia, diarreia, hemorragia, hemoptises e leucorreia.

Chá de barbatimão Contra Indicação:

Não deve ser utilizado em lesões com processo inflamatório intenso.

O chá da casca e das folhas em forma de lavagem é abortivo. As vagens e folhas são tóxicas, podendo causar grandes irritações nas mucosas do aparelho digestivo.

O pólen é tóxico para as abelhas, não sendo indicada a apicultura nestas áreas.

Veja também:

Fontes Consultadas:

  1. CORRÊA, M. P. Dicionário de Plantas Úteis do Brasil. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro, 1991.
  2. CARIBÉ, J.; CAMPOS, J. E. Plantas que Ajudam o Homem – Guia Prático para a época atual. Pensamento-Cultrix, São Paulo, 1991.
  3. SANTOS, C. A. M.; TORRES, K. R.; LEONART, R. Plantas Medicinais – Herbarium, Flora et Scientia. Editora Ícone, São Paulo, 2a ed., 1988. (Coleção Brasil Agrícola)
  4. ALMEIDA, E. R. Plantas Medicinais Brasileiras: conhecimentos populares e científicos. Editora Hemus, São Paulo (SP), 1993.
  5. LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil – Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, 2.ed. 2008.
  6. Plantas que Curam. Editora Três.
  7. PANIZZA, S. Plantas que Curam – Cheiro de Mato. IBRASA, São Paulo, 4a ed., 1997.
  8. LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Instituto Plantarum, Nova Odessa (SP), v.2, 1998.
  9. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 1ª ed., 2011.
  10. Lorenzi H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 3.ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum; 2000.
  11. The Plant List: Stryphnodendron adstringens.
  12. Wikipédia: Barbatimão-verdadeiro.

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